Caná do Sítio


Bem Vindos ao "Arraiá do Caná du Sítio"
Durante o mês de junho estaremos recrutando os personagens do Sítio para contar para vocês várias curiosidades dos festejos juninos.
A Lenda da Fogueira

Para começar, o Visconde estava na Festa Junina do Arraial quando surgiu uma dúvida na Narizinho...
- Visconde? Desde quando o povo tem esse costume de fazer fogueira durante as festas juninas?
- Bem, Narizinho, pelas cidades do interior e fazendas é comum se acenderem fogueiras na noite véspera de São João. Queimam-se fogos; lêem-se sortes, enquanto arde a pira.

   Pois bem, entre os usos correntes nessa noite de São João, há o de pular a fogueira, bem como de atravessar o braseiro de pés descalços. O que vários realizam, dizem, sem se queimar.

Há nesses costumes uma tradição européia cujo sentido perdeu-se, conservando-se o ato externo, por mero diletantismo.

   Já vimos como, entre os povos indo-europeus, os das civilizações norte-africanas e ainda da América Pacífica, o culto ao deus-sol possuía um caráter universal. Ora, entre os ritos desse culto – danças rituais, que se realizavam no princípio da primavera ou no solstício do verão, saudação matinal ao sol, oferendas e sacrifícios por ocasião das festas solares, em que também se realizava a cerimônia do fogo novo com a fricção de dois paus – figurava a prática, entre os povos primitivos, de acender fogueiras nos solstícios de verão e inverno, em homenagem ao deus-sol, segundo Frobenius, P. Guilherme Schmidt e outros etnólogos.

   Essas fogueiras tinham um sentido propiciatório, sendo freqüentemente imoladas vítimas, para que o deus-sol continuasse propício. Havia ainda o costume de se passar a fogueira a pé descalço, quando já braseiro. E isso era 
realizado pelos pais, mães e filhos, com sentido de purificação, de preservação de males corporais. E até os rebanhos de ovelhas e o gado eram levados a atravessá-la, para se preservarem das pestes ou delas se curarem.

   Entre os hebreus estabeleceu-se em certa época idêntico costume, o qual foi proibido por Moisés, por seu caráter pagão. J. G. Frazer, em sua obra The golden Bough, ou sua tradução francesa Le Rameau d’or, II, Paris, 1911, acentua este duplo efeito do fogo daquelas piras:
purificar e preservar de pestes e males, embora rejeite a interpretação que lhe é dada pela escola ritualista (veja-se, a propósito, o livro Les saints successeurs des dieux, Paris, 1907, de P. Santyves).

   Essas primitivas práticas, com o advento do cristianismo, perderam seu conteúdo ritual solarista, e a igreja sabiamente não se opôs à continuidade da tradição,
 a que deu um conteúdo cristão: homenagem a São João, o precursor da luz do mundo – Cristo.
   É com esse sentido cristão que se acendem ainda em toda a Europa as fogueiras de São João, no solstício de verão, entre nós correspondente ao de inverno. De Portugal vieram-nos elas. Os primeiros missionários jesuítas e franciscanos referem quanto eram apreciados pelos índios tais festejos de São João, por causa das fogueiras, que em grande número iluminavam as aldeias, e as quais eles saltavam divertidamente. São, pois, nossas fogueiras de São João, verdadeiras "sobrevivências", que perderam o primitivo sentido ritual.
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Uma Receita Junina da Tia Nastácia


Hoje, Tia Nastácia vai te ensinar a fazer uma super canjica junina:
Narizinho estava na cozinha...
- Tia Nastácia, o que é preciso para fazer uma canjica?
- Isso é muito fácil, menina, mas primeiro você precisa separar os seguintes ingredientes:

  • 1 xícara e meia (chá) de milho para canjica
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 medida (lata) de leite
  • canela em pó para polvilhar
  • - E como faz?
  • - Ai você deve seguir esses passos:
  • Deixe a canjica de molho em água fria por, no mínimo, 2 horas. Escorra a água e leve a canjica ao fogo em panela de pressão com dois litros e meio de água fria, reduzindo o fogo após a fervura. Deixe cozinhar por 1 hora. Depois de cozida, retire do fogo, deixe sair toda a pressão e abra a panela. Junte o LEITE MOÇA®, o leite e deixe ferver por mais 5 minutos, mexendo de vez em quando até ficar cremosa. Despeje em uma tigela funda e sirva polvilhada com canela.
  • - E ai, tá pronta a canjica?
  • - Ainda não, minha filha. É preciso congelar. Assim:
  • Resfrie, coloque em uma embalagem de plástico própria para congelamento, etiquete e congele em freezer ou duplex por até 3 meses. Para descongelar deixe na geladeira por cerca de 12 horas. Coloque na panela e aqueça.
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  • Simpatia de Santo Antônio
  • Emília queria arranjar um namorado para Tia Nastácia, então foi até a Igreja do Arraial conversar com o padre. Ficou sabendo que hoje era dia do Santo Casamenteiro - Santo Antônio. Ficou curiosa e ficou sabendo que havia algumas simpatias para conseguir namorados. Veja a simpatia de Santo Antônio que ela escolheu para fazer com Tia Nastácia:
  • Abra a porta da frente da casa para que Santo Antônio permita a entrada de alguém especial na sua vida, dizendo: "Santo Antônio, protetor dos namorados, faça chegar até a mim aquele que anda sozinho e que em minha companhia será feliz."Você pode ainda acender uma vela rosa de qualquer tamanho em um pires com mel e pedir a Arcanjo Haniel a verdadeira realização afectiva.
  • Será que vai dar Certo?
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  • BRINCADEIRAS DE FESTA JUNINA
  • Vejam só as brincadeiras que Pedrinho e Tio Barnabé estão planejando para a Festa Junina do Caná du Sítio!!  
  • Pescaria

    A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes.

    Corrida do saco

    Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.

    Corrida do Saci-Pererê

    Parecida com a corrida do saco, porém os participantes devem correr apenas num pé.

    Jogo do rabo do burro

    Este jogo é bem divertido. Usamos um burro desenhado em madeira ou papelão. O participante deve, com os olhos vendados, colocar o rabo no burro no local certo. O participante deve ser girado algumas vezes para perder a referência.

    Derrubando latas

    Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas.

    Correio Elegante

    Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira.

    Pau de sebo

    Esta brincadeira está quase sempre presente em todas Festas Juninas. Os organizadores da festa colocam um tronco de árvore grande fincado no chão. Passam neste tronco algum tipo de cera ou sebo de boi. No topo do pau de sebo, coloca-se algum brinde de valor ou uma nota de dinheiro. A brincadeira fica interessante, pois a maioria dos participantes não conseguem subir e escorregam.

    Quebra-pote

    Um pote de cerâmica fina é recheado de doces e balas. Esse pote é amarrado em uma trave de madeira. O participante (geralmente criança), de olhos vendados, e munido de uma madeira comprida tentará acertar e quebrar o pote. Quando isso acontece todos podem correr para pegar as guloseimas.

    Corrida do Ovo na colher

    Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo
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  • A Quadrilha Junina




  • A quadrilha junina, matuta ou caipira é uma dança típica das festas juninas, dançada, principalmente, na regiãoNordeste do Brasil. É originária de velhas danças populares de áreas rurais da França (Normandia) e da Inglaterra. Foi introduzida no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, possivelmente em 1820, por membros da elite imperial. Durante o Império, a quadrilha era a dança preferida para abrir os bailes da Corte. Depois popularizou-se saindo dos salões palacianos para as ruas e clubes populares, com o povo assimilando a sua coreografia aristocrática e dando-lhe novas características e nomes regionais.
    QUADRILHA
    No sertão do Nordeste encontrou um colorido especial, associando-se à música, aos fogos de artifícios e à comida da Região. Como as coreografias eram indicadas em francês, o povo repetindo certas palavras ou frases levou também à folclorização das marcações aportuguesadas do francês, o que deu origem ao matutês, mistura do linguajar matuto com o francês, que caracteriza a maioria dos passos da quadrilha junina. A criatividade popular encarregou-se de acrescentar novos passos como Olha a chuva! É mentira, A Ponte quebrou, Nova ponte, Caminho da roça e também outros figurantes como os docasamento matuto: o noivo e a noiva, o padre, o pai da noiva, o sacristão, o juiz e o delegado. O casamento matuto, hoje associado à quadrilha é a representação onde os jovens debocham com malícia da instituição do casamento, da severidade dos pais, do sexo pré-nupcial e suas conseqüências, do machismo. O enredo é quase sempre o mesmo com poucas variantes: a noiva fica grávida antes do casamento e os pais obrigam o noiva a casar. Este se recusa, sendo necessário a intervenção da polícia. O casamento é realizado com o padre e o juiz, sob as garantias do delegado e até de soldados. A quadrilha é o baile em comemoração ao casamento. O enredo é desenvolvido em linguagem alegórica, satirizando a situação com humor e carregando no sotaque do interior.

    Os passos e a movimentação dos pares da quadrilha em subgrupo, rodas, filas, travessias e outras figurações são ensaiados nos fins de tarde ou à noite, durante os fins de semana do período preparatório. O marcador da quadrilha, que anuncia os passos, poderá ou não fazer parte da dança. É escolhido entre os mais experientes membros do grupo ou é uma pessoa convidada para esse fim. Rapazes e moças em fila indiana vestidos com roupas típicas do matuto do interior , em pares alternados, braços para baixo, colocam-se frente a frente (vis a vis) aguardam a música da orquestra, que é normalmente composta por zabumba ou bombo, sanfona e triângulo e que o marcador comece a gritar a quadrilha:

    Anavantur (em avant tout) - anarriê (em derrière) - balancê (balancer) - travessê de cavalheiros (travesser) - travessê de damas - travessê geral - granmuliné - otrefoá (autrefois) - grande roda - damas ao centro - damas à direta e cavalheiros à esquerda e vice-versa - preparar para a cesta - olha a cesta - desmanchar - grande roda à esquerda - passeio na roça - avanço de damas e cavalheiros - preparar para a chuva - é mentira - olha a chuva - choveu - passou - seus lugares. Balancê - moinho - lacinho do amor à direita e à esquerda - seus lugares - balancê - preparar um pequeno galope - balancê - anavantur - preparar o grande túnel - começar - anarriê - seus lugares. Balancê - preparar para o grande galope - começar - desmanchar - balancê - passeio a dois - retournê - seus lugares. Anavantur - anarriê - passeio na roça pelo meio - damas para um lado - anavantur - preparar para o serrote - passeio na roça com roda - passeio do amor à esquerda - retournê - seus lugares. Preparar para o desfile - primeiro as damas - agora os cavalheiros - seus lugares - preparar para o galope - começar - seus lugares. Changê de damas - changê de cavalheiros - anavantur - anarriê - balancê - grande roda - preparar para o granchê - começar - retournê, grande roda à direita e à esquerda - preparar para o túnel - começar - grande roda - balancê na grande roda - preparar para o caracol - começar - retirê – c’est fini.
    Há atualmente uma nova forma de expressão junina, a quadrilha estilizada, que não é uma quadrilha matuta, mas um grupo de dança que tem uma coreografia própria, com passos criados exclusivamente para a música escolhida, como num corpo de balé. O grupo incorpora alguns personagens como Lampião, Maria Bonita, sinhôzinho, espanholas e ciganos. Os seus trajes lembram roupas típicas do folclore dos pampas gaúchos.








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    • Os Santos Juninos
    • Santo Antônio - 13 de junho

      Entre os santos que mais são comemorados durante as festas juninas, Santo Antônio é com certeza o que m ais possui devotos espalhados pelo Brasil e também por Portugal.
      Esse santo, que normalmente é representado carregando o menino Jesus em seus braços, ficou realmente conhecido como "casamenteiro"e é sempre o mais invocado para auxiliar moças solteiras a encontrarem seus noivos.

      Em vários lugares do Brasil, há moças que chegam a realizar verdadeiras maldades com a imagem de Santo Antônio a fim de agilizarem seus pedidos.
      Não são raras as jovens que colocam a imagem do santo de cabeça para baixo e dizem que só o colocam novamente na posição correta se lhes arrumar um namorado. Também separam-no do menino Jesus e prometem devolvê-lo depois de alcançarem o pedido. Na madrugada do dia 13 são realiazadas diversas simpatias com este intuito. Mas não é só o título de casamenteiro que Santo Antônio carrega. Ele também é conhecido por ajudar as pessoas a encontrarem objetos perdidos.

      Padre Vieira, um jesuíta, definiu assim Santo Antônio em um sermão que realizou no Maranhão em 1663:

      "Se vos adoece o filho, Santo Antônio; se requereis o despacho, Santo Antônio; se perdeis a menor miudez de vossa casa, Santo Antônio; e, talvez, se quereis os bens alheios, Santo Antônio", disse Padre Vieira.

      Na tradição brasileira, o devoto de Santo Antônio gosta de ter sua imagem pequena para poder carregá-la. Por esse e tantos outros motivos que ele é considerado o "santo do milagres".

      Ainda com a tradição que são realizadas duas espécies de reza e festa em homenagem a Santo Antônio. A primeira delas, chamada "os responsos, é realizada quando o santo é invocado para achar coisas perdidas e a segunda, designada "trezena", é a cerimônia dedicada ao santo do dia 1 ao dia 13 de junho, com cânticos, fogos, comes e bebes e uma fogueira com o formato de um quadrado.

      Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo o dia 13 de junho, as igrejas distribuem aos pobres e afortunados os famosos pãezinhos de Santo Antônio. A tradição diz que o pãezinho deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, para a garantia de que não faltará comida durante todo o ano.
      São João - 24 de junho

      Outro santo muito comemorado no mês de junho é São João. Esse santo é o responsável pelo título de "santo festeiro", por isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas são recheadas de muita dança, em especial o forró.
      No Nordeste do País, existem muitas festas em homenagem a São João, que também é conhecido como protetor dos casados e enfermos, principalmente no que se refere a dores de cabeça e de garganta.

      Alguns símbolos são conhecidos por remeterem ao nascimento de São João, como a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o majericão.

      Existe uma lenda que diz que os fogos de artifício soltados no dia 24 são "para acordar São João". A tradição acrescenta que ele adormece no seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que são acesas em sua homenagem, não resistiria e desceria à terra.

      As fogueiras dedicadas a esse santo têm forma de uma pirâmide com a base arrendondada.

      O levantamento do mastro de São João se dá no anoitecer da véspera do dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, roliça, uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, em triângulo com a imagem dos três santos, São João, Santo Antônio e São Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de São João do carneirinho. A bandeira é colocada no topo do mastro.

      O responsável pelo mastro, que é chamado de "capitão" deve, juntamente com o "alferes da bandeira", responsável pela mesma, sair da véspera do dia em direção ao local onde será levantado o mastro.

      Contra a tradição que a bandeira deve ser colocada por uma criança que lembre as feições do santo.

      O levantamento é acompanhado pelos devotos e por um padre que realiza as orações e benze o mastro.

      Uma outra tradição muito comum é a lavagem do santo, que é feita por seu padrinho, pessoa que está pagando por alguma graça alcançada.

      A lavagem geralmente é feita à meia-noite da véspera do dia 24 em um rio, riacho, lagoa ou córrego. O padrinho recebe da madrinha a imagem do santo e lava-o com uma cuia, caneca ou concha. Depois da lavagem , o padrinho entrega a imagem à madrinha que a seca com uma toalha de linho.

      Durante a lavagem é comum lavar os pés, rosto e mãos dos santos com o intuito de proteção, porém, diz a tradição que se alguma pessoa olhar a imagem de São João refletida na água iluminada pelas velas da procissão, não estará vivo para a procissão do ano seguinte.
      São Pedro - 29 de junho

      O guardião das portas do céu é também considerado o protetor das viúvas e dos pescadores. São Pedro foi um dos doze apóstolos e o dia 29 de junho foi dedicado a ele. Como o dia 29 também marca o encerramento das comemorações juninas, é nesse dia que há o roubo do mastro de São João, que só será devolvido no final de semana mais próximo. Mas como as comemorações juninas perduram alguns dias, as pessoas dizem que no dia de São Pedro já estão muito cansadas e não têm resistência para grandes folias, sendo os fogos e o pau-de-sebo as principais atrações da festa. A fogueira de São Pedro tem forma triangular.
      Como São Pedro é cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa desse dia, juntamente com os pescadores, que também fazem a sua homenagem a São Pedro realizando procissões marítimas.

      No dia 29 de junho todo homem que tiver Pedro ligado ao seu nome dece acender fogueiras nas portas de suas casas e, se alguém amarrar uma fita em uma pessoa de nome Pedro, este se vê na obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida à pessoa que o amarrou.










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    • comidas tipicas sao joao
    • Comidas Típicas

      • Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 

      • Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

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      Músicas Juninas
      CAPELINHA DE MELÃO
      autor: João de Barros e Adalberto Ribeiro

      Capelinha de melão
      é de São João.
      É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

      São João está dormindo,
      não me ouve não.
      Acordai, acordai, acordai, João.

      Atirei rosas pelo caminho.
      A ventania veio e levou.
      Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.
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      PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
      autor: Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

      Com a filha de João
      Antônio ia se casar,
      mas Pedro fugiu com a noiva
      na hora de ir pro altar.

      A fogueira está queimando,
      o balão está subindo,
      Antônio estava chorando
      e Pedro estava fugindo.

      E no fim dessa história,
      ao apagar-se a fogueira,
      João consolava Antônio,
      que caiu na bebedeira.
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      BALÃOZINHO 

      Venha cá, meu balãozinho.
      Diga aonde você vai.
      Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.

      Ah, ah, ah, mas que bobagem.
      Nunca vi balão ter pai.
      Fique quieto neste canto, e daí você não sai.

      Toda mata pega fogo.
      Passarinhos vão morrer.
      Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.
      Já estou arrependido.
      Quanto mal faz um balão.
      Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.
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      SONHO DE PAPEL
      autor: Carlos Braga e Alberto Ribeiro

      O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
      O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
      São João, São João!
      Acende a fogueira no meu coração.

      Sonho de papel a girar na escuridão
      soltei em seu louvor no sonho multicor.
      Oh! Meu São João.

      Meu balão azul foi subindo devagar
      O vento que soprou meu sonho carregou.
      Nem vai mais voltar. 
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      PULA A FOGUEIRA

      autor: João B. Filho

      Pula a fogueira Iaiá,
      pula a fogueira Ioiô.
      Cuidado para não se queimar.
      Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

      Nesta noite de festança
      todos caem na dança
      alegrando o coração.
      Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
      em louvor a São João.

      Nesta noite de folguedo
      todos brincam sem medo
      a soltar seu pistolão.
      Morena flor do sertão, quero saber se tu és
      dona do meu coração.
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      CAI, CAI, BALÃO

      Cai, cai, balão.
      Cai, cai, balão.
      Aqui na minha mão.
      Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
      Tenho medo de apanhar.